Notas de algumas leituras, sem pretensões de crítica literária.

Seleção de alguns poemas, com ou sem comentários.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SAYLOR, Steven, Sangue Romano – Um mistério na Roma antiga, Quetzal, 3.ª ed., 2000.


Para quem goste de romance policial o livro não desilude, do ponto de vista histórico não estou tão seguro, no entanto não há dúvida que o autor investigou o período em que situa a acção.
A história é longa, mas não é cansativa. A extensão é mitigada por uma boa técnica narrativa que prende o leitor ao confrontá-lo com várias peripécias.
Apreciei especialmente dois pontos:
Toda a intriga política faz dos nossos políticos autênticos meninos de coro.
Nota: O advogado de defesa do caso à volta do qual é construída a narrativa é nem mais nem menos do que Marco Túlio Cícero (grão-de-bico).
A figura do detective privado, o descobridor, que apresenta muitas das características de detectives célebres. Não as capacidades dedutivas do belga de Agatha Christie, mas a persistência canina dos heróis de, p. ex., Raymond Chandler, Mickey Spillane.
Retive, a diferentes níveis, duas pequenas pérolas:
Um eufemismo: “Todos nós sabemos que Sula lança as suas redes para os dois lados do barco.”p.73 (=Tanto procura relações com mulheres como com homens.)
A diferenciação entre ordenado e despesas: “Afinal, tenho uma conta para essas despesas com o teu senhor.” p.113.

A imagem do autor encontra-se em http://www.wook.pt/Authors/detail/id/8182.
Nota: Há também uma edição da Bertrand de 2008.

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